*Colunista Alisson
Li Tudo é Rio com aquele intuito de amenizar a minha culpa por ler poucos livros nacionais. E olha… que presente! Por mais que seja um livro de ficção e relativamente curto, cada capítulo cumpre a sua missão de narrativa poética. Carla Madeira brinca com as palavras, cria rimas que me deixam em dúvidas se é intencional ou não.
O livro não tem muitos rodeios. A autora já desembucha logo nos primeiros capítulos o clímax. Mas o que é genial nesse livro é o pós-clímax, o que leva cada personagem central a tomar determinada atitude, mas sem ser uma tentativa de justificar os erros e acertos.
Mas vai um alerta: é um livro adulto. A intensidade nas palavras, desde as descrições das atividades sexuais comuns em um prostíbulo quanto aos dedos nas feridas não cicatrizadas, a narrativa é de um amadurecimento surpreendente, não é para amadores. Mas, se você se considera maduro o suficiente para ler Carla Madeira, LEIA!
“O lugar que dói é o mesmo que sente arrepios. É no corpo, no amor e na liberdade de escolher as coisas que a gente fica inteiro ou despedaçado. Então, pede para a parte boa dar conta da parte ruim.”
Boa leitura!
*Coluna Bookaholic
