A fé no chapéu, a dedicação no bailado, e a resistência de uma cultura em comunidades que vivem o Cururu e Siriri em Mato Grosso
*Colunista Íris
Assim como o carnaval do sudeste, a festa junina no nordeste, o parintins no norte, entre outras manifestações culturais, as apresentações em festivais de Cururu e Siriri são cuidadosamente preparadas, dedicam o ano inteiro para uma apresentação, seja em um quintal, comemoração ou em festivais.
A tradição cultural cuiabana, que transcende os anos, se torna um vínculo entre gerações. O Cururu e o Siriri, são danças folclóricas típicas do nosso estado. Contendo o vínculo e a força familiar, essa cultura tem origem indígena, e sofreu influência da igreja católica. Estas tradições são mais populares nas zonas rurais e ribeirinhas de Cuiabá, tendo sido passados de geração para geração, de pai para filho.
O rito: Muito antes das apresentações, para além dos ensaios, o ritual mais importante fica a cargo da costura feita pelas mãos de mães e avós, da construção da viola de cocho e a escultura, e o ritual de todo um preparo, que carrega a fé como principal elemento.
O cururu é composto apenas por homens, tocando instrumentos típicos, como a viola-de-cocho e o ganzá e acompanhados pelo ritmo das palmas. A flor que se forma para o céu, do rodado das saias, formando assim um jardim em movimento e se faz presente em festas religiosas, principalmente na de São Gonçalo e a de São Benedito.
A tradição, a religião, a música, e os passos representam hábito de uma nação e culturalmente se cria uma identidade, movendo os sentimentos, os valores, o folclore e uma infinidade de itens “ajojados”, como é utilizado o termo “juntados” em Cuiabanês.
A identidade cultural como conjunto das características de um povo, oriundas da interação dos membros da sociedade e da forma de interagir com o mundo. Não é simplesmente um ritmo de música e dança, e sim uma cultura misturada com uma forte influência de religião.
É surpreendente a força mostrada de geração em geração e a organização que os grupos contém. Não é simplesmente um ritmo de música e dança, e sim uma cultura misturada com uma forte influência de religião. A identidade cultural como conjunto das características de um povo, oriundas da interação dos membros da sociedade e estampa a forma de interagir com o mundo e com os seus.
*Coluna Território Cultural
- Bem aprovado como gestor na Cultura, Beto Dois a Um está entre os mais lembrados para deputado estadual
- Programação eclética na Cervejaria Rondonópolis agita a semana: reggae, pop rock e blues
- Um Tsunami em Rondonópolis
- Shows, cursos, torneios e leilões vão movimentar a 48º Exposul durante todo o evento